Este livro se dedica ao estudo de histórias repetitivas e obliterantes - as histórias recobridoras -, que, por sua fixidez, impedem a passagem do vivido ao experienciado e dificultam a apropriação da herança. Por meio de um trabalho realizado a partir da obra literária Austerlitz, de W. G. Sebald, e de uma construção clínica com base em atendimento da autora, buscou-se uma aproximação com o referido fenômeno, relacionando-o à discussão metapsicológica e às áreas afins. Nesta obra discute-se, também, a relevância do conceito de história recobridora para o trabalho do analista e para a clínica psicanalítica, além de questões acerca das histórias recobridoras coletivas. Por fim, o livro propõe uma articulação da temática com a transmissão psíquica geracional.
Prefácio; 07
Luís Claudio Figueiredo; 13
Apresentação: o outro lado de uma mesma questão; 13
1. Alguns conceitos preliminares; 27
2. As histórias encobridoras e sua função de velamento;55
3. As histórias recobridoras e sua função de tamponamento;71
4. Austerlitz: da história recobridora;113
5. Quando as lembranças anestesiam: uma história de loucura que recobre uma mãe;215
Conclusão: tecendo o final;257
Posfácio Caterina Koltai;277
Referências; 281