A desconstrução formulada por Rodulfo sustenta-se na proposta de Jacques Derrida. Numa crítica àquela psicanálise que anda em "linhas retas", Rodulfo toma a psicanálise em todas as suas vertentes e vértices, como um sistema teórico no qual os vários autores e as várias "linhas" podem estar em conexão. Ao grifar a posição do autor perante o texto destacamos uma leitura sustentada no trânsito entre diversos teóricos da psicanálise. É esse um ponto no qual muitos psicanalistas justificariam a necessidade de filiação a uma "linha". Rodulfo, no entanto, afirma a necessidade da desconstrução da hierarquia opositiva. No trânsito entre textos o autor olha também para o "prazo de validade" dos conceitos ao perguntar se algumas das propostas conceituais da psicanálise não teriam sua validade caducada cedendo lugar a outras em função do espaço-tempo na qual foram concebidas.
Prefácio............7
Andrea Gabriela Ferrari
Sandra Djambolakdjian Torossian
Agradecimentos............ 15
Prelúdio sobre o efêmero............17
Série e suplemento............27
Desadultorizações: um pequeno estudo............47
O saco de gatos............63
Análise pertinente e impertinente............75
O luto do pai: proposições para uma desconstrução necessária............87
O segundo adulto............101
Amor e transferência de mulher............111
A desconstrução do (complexo de) Édipo............123
Psicanálise de crianças: um regresso ao futuro............137
Sobre o autor............149