A psicose, como se pretende demonstrar, é quase sempre caracterizada pela exclusão pragmática, institucional, teórica e social. Inesperadamente, através desta pesquisa, ela é vista incrustada na história da psicanálise, na história da produção de seus conceitos e também na história de sua institucionalização. Por isso sustentam-se hipóteses, a partir de um instrumento forjado na clínica do autor, surpreendentes a todo status quo, tanto da história da psicanálise, da sua produção de conceitos quanto da instituição psicanalítica. Depara-se com a hipótese incontornável de que a instituição psicanalítica se erige em cima de um ponto cego não só da pessoa de Freud (o aspecto menos importante) que se fez presente no próprio Freud e em sua continuidade, a instituição psicanalítica. Essa, provavelmente, a razão da recusa (verwerfung) do affair Tausk na história da psicanálise e de sua institucionalização.
Sumário
Introdução, 11
I. Sobre a Pulsão e o Desejo, 17
II. Psicanálise e Paranóia, 43
III. O caso M, 59
IV. O duplo, 97
V. O terapeuta, 169
Anexo - Um estranho crime, 241