O livro "É tarde! É tarde? A intervenção a tempo em bebês com risco de evolução autística" discute a relação interdisciplinar com bebês e crianças pequenas que apresentam sintomas autísticos. Com ênfase na intervenção precoce, os artigos trazem importantes esclarecimentos acerca do retraimento relacional do bebê, que, quando instalado muito cedo, pode indicar quadros psicopatológicos diversos: depressão do bebê, problemas na comunicação, transtornos sensoriais ou dificuldades que apontem para o risco de autismo.
Sempre apostando na intervenção interdisciplinar com ênfase no trabalho com a família, este volume traz artigos que apresentam a experiência francesa de intervenção no campo do autismo: o de Bernard Golse; o de Marie-Christine Laznik, Caroline Pelabo, Mauriel Chauvet, Rubia Infanti e Marie Nilles; o de Laurence Robel, Elise Tordjman, Michrl Guinot e Karine Nombret; e o de Paola Velasquez. Entre os profissionais diz Brasil, comparecem autores com diversas áreas de atuação, individualmente ou em coautoria, como Adriana Zuneda Peres e Gabriela Xavier de Araujo; Alfredo Jerusalinsky; Camila Saboia; Carla Guterres Grana; Claudia Mascarenhas Fernandes; Daniele de Brito Wanderley; Inês Catão; Julia Garcia Duran e Rogério Lerner; Julieta Jerusalinsky; Luiza Bradley Araujo; Maria Cecilia Pereira da Silva e Fatima Maria Vieira Batistelli, Maria Cristina Machado Kupfer; Leda Mariza Fischer Bernardino e Ana Gabriela Gonzalez Yamashita; Maria do Carmo Camarotti; Mariângela Mendes de Almeida e Stephania Batista Geraldini; Selma F. Boaventura da Silva e Erika Parlato-Oliveira; e Severina Silvia Ferreira.
Prefácio, 7
Intervenção precoce e a prevenção da patologização na infância
Como evitar o autismo sindrômico: tratamento interdisciplinar de um bebê entre 3 meses e 5 anos de idade, 15
Um, dois, três e já! Intervenções a tempo em bebês com risco de evolução autística, 35
Risco, prevenção, rastreamento e psicanálise, ou as desventuras da repetição, 56
Educar em tempos de autismo: uma pesquisa sobre ações de promoção e prevenção em saúde mental em instituições de educação infantil a partir da psicanálise, 68
Até quando esperar? Da "conduta expectante" ao fechamento do diagnóstico de autismo, 90
A clínica com bebês: sua complexidade e diversidade de apresentação e intervenção
A imagem, a letra, a voz e o silêncio na clínica com bebês, 111
"Dorme menino, dorme": a escuta psicanalítica de um bebê com perturbações de sono, 127
Os saberes e a ética psicanalítica na clínica com bebês e seus pais, 134
Intervenção precoce, objetos atípicos e suas relações com a aquisição da linguagem nas crianças surdas, 142
A desvitalização psíquica do bebê: entre sinais de autismo e depressão do bebê, 158
Vitalizando vínculos: imagens em movimento na cena clínica da relação pais-bebê, 170
Intervenção precoce numa criança de dois meses que tem um irmão autista, 182
O enlace entre o corpo e as representações: reflexões sobre um caso de atendimento psicanalítico com mãe e bebê em risco de autismo, 188
Autismo: uma clínica da voz, 202
Avaliação e tratamento dos autismos na perspectiva psicanalítica
Destruir ou apagar o objeto: mecanismos autísticos e seu impacto transferencial e contratransferencial, 217
A experiência de uma unidade de observação diagnóstica: complementaridade de abordagens, entre clínica e pesquisa, 239
O risco do anúncio e o anúncio do risco terapêutico nos transtornos do espectro do autismo, 260
Intervenção nas relações iniciais pais e filhos: o susto diante do diagnóstico de autismo
A intervenção do analista com crianças com autismo, 292
Do lugar dos pais, 306
