O ENSINO DA CONTRATRANSFERÊNCIA PARA PSICANALISTAS E PSICÓLOGOS
Autor: Manola Vidal
Editora: Juruá
Ano: 2017
Número de páginas: 122
Categoria principal: Infância
Ao apresentar o Método de Observação de Bebês Modelo Esther Bick é importante esclarecer que se trata de uma aplicação de conceitos relativos a teoria e técnica provenientes de determinado segmento do conhecimento psicanalítico. É necessário também, apontar seus limites em relação a outros métodos de observação da relação mãe-bebê, pois contemporaneamente este conhecimento constitui disciplinas ligadas à Psicologia, Psiquiatria e Biologia que tradicionalmente nos apresentaram suas pesquisas ligadas e adequadas ao meio acadêmico.
De modo geral, as observações de bebês realizadas pelas mesmas nos apontam para a pesquisa experimental e etológica e se referem a avaliação e medicação de capacidades como: diferenciação e reconhecimento da face materna, efeitos da separação precoce, as reações aos estímulos provenientes de pessoas e provenientes de objetos inanimados, desenvolvimento da linguagem (estudos relativos a inteligência anterior a palavra através da capacidade dos bebês de tratarem a prosódia: prespeech, babytalk, motherese) e ao desenvolvimento das competências. Em relação às metodologias acima descritas, o método de observação de bebês modelo Esther Bick vai se opor radicalmente ao método experimental e a aproximar-se da forma de pesquisa proposta pela etologia por ser uma proposta naturalista de observação, através da qual a prioridade é a de que o observador se aproxime da dupla mãe-bebê como tabula rasa, descrevendo a interação em seus detalhes.
As principais diferenças encontradas em relação ao método experimental estão ligadas aos aspectos ligados ao ambiente da observação que é o de observar a dupla mãe-bebê em domicílio, o registro das ocorrências ser realizado após a observação e seu conteúdo ser apresentado para um grupo que acompanha a prática da observação, a ausência de plano ou foco pré-determinado para observação e a inexistência da possibilidade de duplicação que nos remete a um "outro sentido" para o qual este método nos conduzir. Este "outro sentido" é o da forma como se dá o processo de conhecimento sobre o comportamento observado. O significado deste comportamento é dado pela vivência emocional do observador, bem como por sua capacidade de identificação com a interação mãe-bebê observada.
Este é o ponto de sua origem na psicanálise. Ou seja, a co-determinação do sentido daquilo que se observa na interação se origina a partir do inconsciente do observador. Como em nenhum outro método ligado às disciplinas acadêmicas ou mesmo aquelas ligadas à teoria psicanalítica, como por exemplo os trabalhos de observação de bebês realizados por René Spitz, J.Bowlby e Margareth Mahler, a metodologia da observação em Esther Bick se utiliza dos movimentos transferenciais e contratransferências do observador. É a utilização dos movimentos transferenciais e contratransferenciais do observador, o "divisor de águas" em sua relação com outros métodos de observação nos autorizando a pensar que a proposta de Esther Bick como aquela em que os movimentos transferenciais e contrantransferenciais constituem o critério de verificação de seu objeto: a relação mãe-bebê. Tanto o critério de verificação como a "desejável" capacidade de identificação com o objeto de observação, nos remetem, na Psicanálise, ao modelo teórico desenvolvido pela Escola das Relações Objetais.
INTRODUÇÃO; 9
Capítulo I - A PSICANÁLISE DE CRIANÇAS E O MÉTODO DE OBSERVAÇÃO DE BEBÊS MODELO ESTHER BICK; 15
Capítulo II - A RELAÇÃO MÃE-BEBÊ E O ENSINO DA PSICANÁLISE; 33
Capítulo III - O MÉTODO DE OBSERVAÇÃO DE BEBÊS SEGUNDO ESTHER BICK: INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM E PESQUISA?; 55
Capítulo IV - AS APLICAÇOES DO MÉTODO ESTHER BICK; 71
4.1 O Método de Observação de Bebês Modelo Esther Bick e a Psicoterapia Pais-Bebê; 76
4.2 O Método de Observação de Bebês na Intervenção e Pesquisa sobre os Distúrbios de Alimentação Infantil; 81
4.3 A Observação de Bebês e os Estudos sobre o Psiquismo Fetal; 86
4.4 A Observação de Bebês e a Psiquiatria Infantil; 90
4.5 O Médodo Esther Bick e sua Utilização no Serviço Social; 93
4.6 A Aplicação do Método de Observação de Bebês em Instituição Hospitalar; 96
4.6.1 A observação psicanalítica e o trabalho com recém-nascido prematuro; 96
4.6.2 A observação psicanalítica e o trabalho pediátrico; 99
4.7 O Método de Observação e o Trabalho em Creches e na Pré-Escola; 101
CONCLUSÃO; 103
REFERÊNCIAS; 107
ÍNDICE ALFABÉTICO; 119
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