O autor, ao considerar a intersubjetividade e o processo de subjetivação para pensar os adoecimentos psíquicos, se diferencia da tendência classificatória atual, geralmente assertiva e centralizada em diagnósticos baseados em sintomas, o que leva ao fechamento de sentido. O autor traz à tona uma problemática importante e atual para pensarmos os sofrimentos psíquicos na infância em uma abordagem psicanalítica, com uma concepção de saúde mais abrangente e dinâmica que permite a ampliação do raciocínio clínico.
A sensibilidade e o entusiasmo de Victor Guerra em compartilhar suas ideias e descobertas estarão sempre presentes entre aqueles que com ele conviveram. E agora o leitor brasileiro terá a oportunidade de conhecer mais de perto o pensamento do autor. Devido à sua abrangência, a obra pode interessar aos profissionais da área da saúde, da educação e a todos que se interessam pelo diálogo interminável entre a arte e a psicanálise.
Apresentação – “Continuamos...”: um diálogo imperecível............. 11
Prefácio à edição brasileira.............13
Prefácio – Uma amizade intersubjetiva .............15
A música e as interações inciais.............17
A intersubjetividade e a sincronização dos fluxos sensoriais.............19
Prólogo – Apresentação de Victor Guerra e história deste livro.............25
Prólogo- Contribuição sobre a vida psíquica do bebê.............29
- Intersubjetividade e as funções parentais nos processos de subjetivação.............35
- A história de Frederico II.............43
- A língua universal.............44
- Subjetivação .............46
- Houve no inicio.............47
- Funções simbólicas parentais.............51
- Quando e como retornamos desse exilio? .............57
- Complexo do arcaico na parentalidade e a estética da subjetivação.............58
- Estética da subjetivação .............64
- Algumas palavras sobre empatia.............66
- Enactment ou empatia metaforizante de S.Lebovici.............68
- A proposito do ritmo: diferentes versões da música da vida psíquica.............71
- Vinculo inicial e ritmo.............74
- O ritmo e a previsibilidade.............77
- O ritmo e a organização temporal.............80
- O ritmo e a continuidade psíquica.............83
- O ritmo e a integração das polaridades.............85
- Os riscos de um ritmo idêntico.............87
- O ritmo e a integração das polissensorialidades.............89
- O ritmo e a lei materna.............93
- Abertura à palavra, ao brincar e ao terceiro.............100
- Três linhas em ritmo.............101
- A disritmia.............103
- O ritmo e a cocriação artística como metáfora da subjetivação.............105
- Indicadores de intersubjetivade de 0-12 meses do encontro de olhares ao prazer de brincar juntos.............123
- Indicadores de intersubjetividade de 0-6 meses: Do encontro de olhares à dança das mãos.............123
- Primeira parte: Do encontro de olhares à dança das mãos.............126
- Segunda parte: Indicadores de intersubjetividade de 6-12 meses: do deslocamento no espaço ao prazer de brincar juntos.............151
- Importância dos objetos no processo de simbolização: os objetos tutores.............179
- Observação de um bebê de 9 meses.............182
- Análise.............183
- A atenção conjunta e o objeto.............184
- Objetos tutores.............186
- Objeto tutor e objeto de relação.............188
- Objeto tutor, a narratividade e o jardim de infância.............189
- Objetos e ritmo.............193
- O objeto tutor e a capacidade de estar só.............194
- Objeto tutor e a função de testemunho.............196
- Caso clínico.............198
- Falso self motor, uma versão da subjetivação que fracassa na hiperatividade.............203
- A “moda” hiperativa.............205
- Aspectos diagnósticos.............205
- Aspectos clínicos.............207
- Verdadeiro e falso self.............208
- Falso self intelectual e falso self motor.............210
- Caso clinico.............213
- Autonomia excessiva sem angustia de separação.............217
- Papel do movimento (como oposto ao relaxamento) e da pulsão de domínio.............218
- Transtorno de conciliação do sono.............221
- Epílogo.............223
- Formas de (des)subjetivação infantil nos tempos atuais: os transtornos de subjetivação arcaica.............225
- Mudanças na construção identitária.............228
- Reconfiguração do público e do privado.............228
- Tempo e espaço na atualidade.............229
- As tiranias da visibilidade e a primazia do sensorial.............234
- Transtornos de subjetivação arcaica.............240
- Caso clínico: do ritmo autocentrado à roda-roda.............245
- Análise.............247
- Caso clínico: da adesividade sensorial ao brincar compartilhado...........253
- A escuta sensorial e estética nos transtornos de subjetivação arcaica.............261
- A escuta, a capacidade negativa e a sensorialidade.............262
- A sensorialidade, o ritmo e o outro na subjetivação.............270
- A escuta estética.............273
- A consulta com bebês.............275
- Luisa provocando o nascimento da cor.............277
- Luisa com 11 meses.............279
- O nascimento de uma emoção em sessão.............281
- Jorge e o vazio assombrado.............283
- Trabalho com os pais e o ambiente subjetivante.............285
- A maleabilidade do encontro com Jorge.............288
- Onde está Jorge? .............292
- O vazio assombrado e as palavras com Victor Guerra.............296
Epílogo I: Encontros e intercâmbios com Victor Guerra............. 299
Epílogo II: Victor.............307
Epílogo III: Escritos que revisitam, manuscritos que retomam.............309
Referências bibliográficas.............311