Pensar a terapia de modo ultramoderno significa assumir uma postura crítica aos modelos contemporâneos de compreensão e tratamento de distúrbios psíquicos, como neuroses, psicoses, depressões. Na contramão do fechamento dos indivíduos, a compreensão das perturbações é examinada no tipo de relações que as pessoas vivem. A família, aquela da qual se nasce e a que depois se constrói, com seus tropeços e energias, é um espaço fundamental de relações nas quais é possível compreender possíveis distúrbios e caminhos terapêuticos. Em uma abordagem útil aos profissionais da área, esta obra discute vários dogmatismos pós-modernos em terapia. Mas possibilita também a todo leitor se dar conta de que a inteligência terapêutica está ao seu alcance.
Índice
Agradecimentos - 9
Prólogo à edição brasileira - 12
1. Introdução
1.1 Entre o objetivismo e o subjetivismo - 15
1.2 O pós-modernismo e a terapia familiar - 17
1.3 A terapia familiar ultramoderna - 23
2. Terapia familiar: os fundamentos
históricos e conceituais
2.1 Gregory Bateson e as raízes comunicacionalistas - 29
2.2 A cismogênese - 31
2.3 A teoria do duplo vínculo - 33
2.4 As cibernéticas - 38
2.5 A pontuação - 41
2.6 Da terapia familiar ao modelo sistêmico - 45
2.7 A terapia estrutural - 49
2.8 Pioneiros e não classificáveis - 51
2.9 A terapia familiar na Itália - 53
2.10 ...e por toda a Europa - 55
3. Entre o amor e o poder:
o maltrato psicológico
3.1 A condição humana: o amor - 58
3.2 O neolítico e o poder - 60
3.3 A nutrição relacional - 62
3.4 O maltrato psicológico - 67
3.5 Modalidades de maltrato psicológico familiar - 704. O maltrato físico
4.1 Definição e preconceitos - 76
4.2 A violência física ativa - 81
4.3 A violência sexual ativa - 83
4.4 A violência passiva - 88
4.5 A negligência - 89
4.6 O maltrato físico e suas bases relacionais - 91
5. Em busca de uma teoria
ecológica da personalidade
5.1 Uma definição de personalidade - 94
5.2 A narrativa - 97
5.3 A identidade - 99
5.4 Os sistemas relacionais de pertença:
organização e mitologia - 102
5.5 A nutrição relacional, motor da
construção da personalidade - 108
6. O diagnóstico relacional
6.1 O diagnóstico na terapia familiar sistêmica - 111
6.2 A nosologia psiquiátrica: um pequeno esboço - 114
6.3 As bases relacionais da psicopatologia - 121
6.4 Os transtornos neuróticos - 124
6.5 Os transtornos psicóticos - 129
6.6 A depressão maior - 142
6.7 Os transtornos da vinculação social - 150
6.7.1 As famílias multiproblemáticas - 150
6.7.2 Os transtornos de personalidade, grupo B:
o transtorno limítrofe - 1567. A intervenção terapêutica
7.1 A inteligência na intervenção terapêutica - 161
7.1.1 Intervenções cognitivas -163
7.1.2 As intervenções pragmáticas - 164
7.1.3 As intervenções emocionais - 168
7.2 A dança terapêutica - 174
7.2.1 Do sintoma à relação - 175
7.2.2 Do indivíduo ao sistema - 177
7.2.3 Da acomodação à confrontação - 181
7.2.4 Da internalização à externalização - 184
7.3 As estratégias terapêuticas em relação à organização - 186
7.3.1 Flexibilização da adaptabilidade - 187
7.3.2 Reequilibrando a coesão - 188
7.3.3 A normalização da hierarquia - 189
7.3.4 As estratégias destrianguladoras - 190
7.3.5 As estratégias vinculadoras -195
7.3.6 As estratégias estruturantes - 199
7.4 As estratégias terapêuticas relacionadas à mitologia - 201
7.4.1 A mudança dos valores e crenças - 202
7.4.2 A mudança do clima emocional - 203
7.4.3 A mudança dos rituais - 205
7.4.4 Estratégias negociadoras - 207
7.4.5 Estratégias (re)confirmadoras - 210
7.4.6 As estratégias requalificadoras - 214
7.4.7 A estratégia da aceitação - 218
7.4.8 As estratégias responsabilizadoras - 220
8. Reflexões finais - 223
Glossário - 229
Bibliografia - 259
