A expressão barbárie civilizatória traduz o paradoxo de nossa civilização. Desenvolvemos um pensamento científico e tecnológico altamente sofisticado e vivemos a crise do pensamento, a “barbárie da reflexão” (Vico), o atraso efetivo, ético, espiritual.
O esvaziamento de subjetividade, a impossibilidade de autorreflexão, de uso do pensamento em busca de auto-conhecimento fazem emergir o bárbaro que trazemos em nós. Somos aprisionados pelo mundo dos instintos, fortalecendo a pulsão de morte. Inveja, violência, voracidade, ingratidão, ausência de culpa perpassam nossos desumanizados relacionamentos interpessoais.
A ética humanista fundamentada nos escritos de filósofos, psicanalistas, psicólogos sociais e alicerçada no amor e auto-conhecimento é o antídoto contra a barbárie que tinge com o sangue da violência as lágrimas da fome, da injustiça, das humilhações... as realizações de nossa civilização.
PREFÁCIO 11
INTRODUÇÃO 19
I. OS CAMINHOS PERDIDOS DA TRANSCENDÊNCIA E A BARBÁRIE CIVILIZATÓRIA 35
O vazio interior e a subjetividade narcísica
A crise de pensamento
A arte vazia
A educação
A religiosidade
II. PARAALÉM DA BARBÁRIE: CAMINHANDO ENTRE A PSICOLOGIA SOCIAL E A PSICANÁLISE. 109
A construção da subjetividade
Os modelos saudáveis de identificação
A ética humanista e o amor
IIl. CONSIDÉRAÇÕES QUASE FINAIS 175
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 203