A leitura da obra de Cristina Allessandrini nos mostra sua seriedade e dedicação em pesquisar, analisar e desenvolver essa área de estudos. Traz contribuições valiosas para uma clara compreensão do que seja uma oficina criativa e conduz o leitor a um melhor entendimento de suas várias e ricas possibilidades de utilização. Ao estudar o fenômeno de criação e realização de um projeto de modelagem em argila, documenta com precisão o processo de criação. Seu olhar tem como foco os diferentes tipos de relação estabelecidos pelos sujeitos durante a realização da tarefa; a relação intrapessoal, a relação interpessoal, a relação com o objeto e a relação com a tarefa. Essa forma de trabalho indica sua compreensão da pessoa como um ser que surge da relação e de que o conhecimento desse deve necessariamente passar pelo estudo do indivíduo e seu ambiente. A análise que realiza lhe permite perceber a ação das oficinas criativas no desenvolvimento e ajustamento dos indivíduos, tanto do ponto vista cognitivo como afetivo emocional. Seus resultados apontam para a riqueza desse procedimento, tanto no âmbito educativo como no terapêutico, porque a utilização de oficinas criativas, além de propiciar um enriquecimento das estruturas cognitivas, favorecem a reelaboração, pelo sujeito, de seus caminhos de interação, possibilitando seu amadurecimento emocional.
Prefácio 19
Apresentação 23
Introdução 27
PARTE I
FUNDAMENTOS
I. Projeto 35
Processos criativos 51
Afetividade e cognição: indissociáveis 61
Aspectos afetivo-cognitivos e criatividade 61
Processo de equilibração das estruturas cognitivas 72
PARTE II
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS
4 Oficina criativa 83
5. Análise microgenética 91
PARTE III
A PESQUISA
6. Descrição da pesquisa 105
Planejamento 105
Sujeitos 105
Instrumentos 105
I. Oficina Criativa 106
II. Manual para análise microgenética 106
IlI. Planilha de análise dos dados 106
Local e material 107
Procedimento de coleta de dados 107
Consignas da Oficina Criativa 109
O desenrolar das oficinas criativas 109
Entrevista 112
Questões norteadoras da entrevista 113
Protocolos 114
7. Manual para a análise microgenética 117
Oficinas Criativas: aspectos afetivo-cognitivos 117
Manual de codificação 118
Análise rnicrogenética 120
Aspectos estruturais analisados 120
Análise funcional: estatuto das seqüências 122
PARTE IV
RESULTADOS
Aspectos afetivo-cognitivos nas oficinas criativas: explicitando as categorias 131
A análise dos fatores afetivo-cognitivos nas oficinas criativas 131
Relações intrapessoais J 33
Alegre / Triste 134
Firme / Instável 138
Equilibrado / Perturbado 143
Ativo / Passivo 147
Coerente / Incoerente 151
Comprometido / Descompromissado 155
Implicado / Não implicado 160
Coordenado / Não coordenado 165
Relações interpessoais 170
Respeitoso / Triste 172
Flexível / Rígido 176
Objetivo / Ambíguo 181
Cooperativo / Não cooperativo 185
Mente aberta / Mente fechada 189
lnterdependente / Dependente 193
Criativo / Não criativo 198
Receptivo / Não receptivo 204
Relações com o(s) objeto(s) 209
Reflexivo / Automatizado 211
Cuidadoso / Descuidado 216
Respeitoso / Não respeitoso 220
Desapegado / Apegado 224
Investigador / Não investigador 229
Previdente / Não previdente 234
Observador / Não observador 239
Interativo / Não interativo 243
Relação com a tarefa 247
Curioso / Apático 249
Disciplinado / Indisciplinado 255
Presente / Ausente 260
Tranquilo / Inquieto 264
Construtivo / Não construtivo 269
Articulador / Não articulador 273
Autônomo / Não autônomo 278
Auto-regulador / Não regulador 283
9. Resultado 289
Perfil do sujeito VIN (6;5) - Oficina Criativa em 20/01/98 291
Tabela 1 293
Tabela 2 294
Tabela 3 296
Tabela 4 298
PARTE V
Discussão
Criação e projeto no desenvolvimento do conhecimento 329
Anexo 1 337
Planilhas preparadas para a realização da análise estatística 337
Planilha 1 338
Planilha 2 342
Planilha 3 346
Sobre a autora 349
Referências bibliográficas 351
