A presente obra aborda as principais questões relacionadas aos impasses dos homens no tocante às suas experiências com o masculino, a partir de uma leitura psicanalítica de orientação freudo-lacaniana. Parte, portanto, da seguinte proposição: “O homem não existe”, apontando para o campo de indeterminação da representação do masculino na atualidade. Para tanto, a análise empreendida é fiada a partir da interlocução direta com outros campos disciplinares (teorias de gênero e queer, por exemplo) e da proliferação maciça de discursos sobre o tema, recolhendo deles os seus efeitos nos modos de produção de subjetividades masculinas. Toma como centro de análise a discussão sobre o binarismo fálico e sua queda e ressalta a possibilidade de novas modalidades de inscrição da experiência masculina, vislumbrando a abertura ao Outro gozo e seus redirecionamentos na contemporaneidade.
Apresentação Miriam Debieux Rosa
Prefácio Maria Consuêlo Passos
Parte I. Sobre a questão e suas vicissitudes
1. Primeiras palavras: situando a problemática
2. A psicanálise e a diferença sexual: uma nova cartografia para a sexuação
3. Dos discursos de gênero e da teoriaqueerao discurso psicanalítico
Parte II. Os homens: entre impasses e invenções
4. Os homens e o masculino: do social ao sintoma
5. “Desver” o masculino: uma abertura à outra cena