Autor: Luiz Alfredo Garcia-Roza
Editora: Zahar
Ano: 2015 / 2ª edição
Nº págs.: 165
Categoria Principal: Freud
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Freud inventa novos conceitos. Não e pouco o que ele faz. Inventar conceitos e retirar o pensamento do nÃvel da opinião e forçá-lo a ir além dos limites que lhe foram impostos anteriormente. E Freud e indiscutivelmente um inventor. Inventa um novo corpo e uma nova alma. No entanto, o mundo da cultura teme o novo. Seu primeiro impulso e frequentemente o da recusa; o segundo e o da tentativa de sua pré-inscrição no saber já constituÃdo. E vários foram os conceitos freudianos que sofreram essa recusa ou que foram reduzidos a outros já existentes em outras ciências. Este foi o caso do conceito de pulsão (Trie). Ou lhe foi negado qualquer valor explicativo, ou teve recusada a sua novidade, sendo identificado a noção de instinto. A redução da pulsão ao biológico foi um dos mais lamentáveis desvios impostos a teoria psicanalÃtica. Essa redução, embora grosseira, encontra um frágil apoio na tradução feita por James Stacey do termo alemão Trie para o inglês Instinto, o que abre espaço para uma interpretação "intensivista" e portanto biologizante da teoria psicanalÃtica. Para o leitor brasileiro, esse equÃvoco e reforçado pela tradução feita de uma importante passagem de Pulsões e destinos da pulsão, na qual o sentido do texto original e invertido.1 O texto na edição brasileira diz: "Se agora nos dedicarmos a considerar a vida mental de um ponto de vista biológico, um instinto nos aparecera como sendo um conceito situado na fronteira entre o mental e o somático…"2 A tradução correta seria: "Se agora abandonamos o aspecto biológico e passamos a consideração da vida anÃmica, a pulsão nos aparece como um conceito fronteiriço entre o anÃmico e o somático…"
Prólogo...................................................................................................9
Pulsão e instinto. A ordem natural. A emergência da palavra. A perda do objeto absoluto. A satisfação impossível. Desvio e diferença. A pulsão como potência indeterminada. A pulsão e o sexual. Uma outra mitologia.
Platão e o Timeu. Natureza primeira e natureza degradada. O homem e a perversão do natural. A ordem e seu desvio. Aristóteles e a recusa do caos original. Matéria e forma. O movimento. Os materialistas gregos. O atomismo de Demócrito. O parénklisis de Epicuro. Lucrécio e o acaso original. O clinamen. Duns Scot e a matéria sem forma. Potência objetiva e potência subjetiva.
Caos e cosmo. A filosofia e o repúdio ao caos. A redução do arbitrário. A ciência newtoniana e o demônio de Laplace. A termodinâmica e os processos irreversíveis. Monod: acaso e necessidade. Prigogine e a nova aliança. A redução do arbitrário. Entropia. Ordem, desordem, iterações, organização. O demônio do dualismo. A dispersão geradora de ordem.
Corpo e alma. A desnaturalização do corpo. O dualismo freudiano. Ciência do corpo e ciência da subjetividade. Corpo erógeno e corpo pulsional. A reinvenção do corpo e alma. Lacan e o corpo do simbólico. Os incorporais dos estoicos e o noema de Husserl. Corpo do simbólico e corpo pulsional.
O objeto absoluto. Objeto da pulsão e objeto do desejo. O objeto a. O desejo e suas fantasias. O real não é o mundo. O ponto de partida na linguagem. A sublimação. A deriva. A satisfação parcial. Comover a corporeidade. Sublimação e idealização. Um mínimo de "coisidade".
A proposta metafísica. A crítica kantiana. A noção de fenômeno. Coisa-em-si e objeto-em-si. O noumena como conceito limite. Natureza e liberdade. Causalidade inteligível e causalidade sensível. A autonomia da vontade. Heidegger e a coisa. Heidegger e Lacan. Ding e Gegenstand. O vazio do jarro. A coisa freudiana. O projeto de 1895. Real Ich e Lust-Ich.
A função do filósofo. O real e sua sombra. O real para a psicanálise. Princípio de prazer e princípio de realidade. O signo de realidade. O complexo do próximo. A prova de realidade.
A transformação sofrida pelo conceito de inconsciente. O inconsciente é estruturado como uma linguagem. O eu como uma desordem de identificações imaginárias. A função simbólica e a ordem simbólica. Brentano e o conceito de Vorstellung. Freud e Brentano. Meinong e o puto objeto. De entidade psicológica a entidade lógica habitante do discurso. A Vorstellung em Freud. A Vorstellung como significante. A noção de Vorstellungsrepräsentanz. O significante faz ato.
Para além da ordem e da lei. A pulsão é o que se repete. A pulsão de morte como vontade d destruição. A autonomia da pulsão de morte. A pulsão de morte como potência criadora. Um estímulo para o psíquico. Não há diferenças qualitativas entre as pulsões. Monismo e dualismo. Destrutividade e sexualidade. O sexual: pulsão ou desejo?
A maldade original do ser humano. Kant e o mal radical. Oposição lógica e oposição real. Mal por falta e mal por privação. A malignidade como desvio e não como lei. Freud e Kant. Não ceder de seu desejo. A positividade da negatividade. O bem supremo. A ética da psicanálise.
Notas.............................................................................................................................154
Obras citadas..................................................................................................................162
Autor: Jean Laplanche
Tradução: Vanise Dresch - Marcelo Marques
Editora: Dubliense
Ano: 2015
Nº de Páginas: 288
Categoria Principal: Freud
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Por: R$62,93Autor: CARLOS AUGUSTO NICÉAS Editora: CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA Ano: 2022 / 5ª Edição Coleção: PARA LER FREUD Número de páginas: 125 Categoria principal: Freud
R$33,70
Por: R$33,78Autor: MICHAEL KAHN
Tradução: LUIZ PAULO GUANABARA
Editora: CIVILIZAÇÃO
BRASILEIRA
Ano: 2013
Número de páginas: 238
Categoria principal: FREUD
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